sábado, 12 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA - Soulbizness

Os Soulbizness trazem-nos um funk/soul fresco, tendo como aliado um tom electrónico de atitude old school. Vencer o TMN Garage Sessions e ir ao sudoeste de 2007 foi só o começo.

http://bandcompt.blogspot.com/2011/02/soulbizness.html

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Há quanto tempo fazem ou estão envolvidos em música, a nível individual, e como começou esse contacto?

O Filipe Campos é guitarrista, teve aulas de musica durante anos. Eu, comecei a tocar baixo aos 17 (1998), mas nunca levei a musica a sério. Em 2006 dei conta que já tinha muitos projectos de canção no computador que tinha ido fazendo através de E-mail com o Filipe. Decidimos formar uma banda e concorrer ao TMN GARAGE SESSIONS, em 2007.


A vossa música oferece um funk/soul electrificado. Conseguem dizer exactamente as vossas influências, quer do lado funk quer do lado mais electro?

Shuggie Otis, Ed Motta, Stevie Wonder, Sakamoto, Vinicius de Moraes, The Clash, J Dilla, Minnie Ripperton, Toquinho, Prince, Gil Scott-Heron, N.E.R.D, George Clinton, Raphael Saadiq, Cool Hipnoise, Chromeo, Tim Maia, Steely Dan, Jamie Lidell, Sam Sparro.


O funk/soul é um género de uso constante mas que pode ter estagnado musicalmente. Dar-lhe um toque electrónico é a solução para o manter vivo?

O Funk está tão estagnado como o Rock, ou o blues, ou house, ou o electro. Isto para dizer que não sei se a palavra "estagnado" é a mais correcta. É um estilo que tem evoluído para muitas roupagens e sonoridades, vai de James Brown, a George Clinton (Funkadelic e Parliament), a Jamiroquai, a Chromeo ou Sam Sparro, a Dâm Funk.

Electrificar o Funk não é uma novidade, o que o faz manter vivo são as boas canções. Concordo que no século XXI se deva dar um som fresco, mas não acho que o clássico tenha perdido a validade, principalmente se falarmos do Soul, basta ouvir Any Winehouse para perceber que o classico continua a soar bem e a ter sucesso planetário.



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O TMN Garage Sessions de 2007 acabou por ser o vosso lançamento no mercado musical. Depois desse hype inicial, e de assinarem o contracto com a EMI, como está o reconhecimento dos Soulbizness em Portugal?

Podia estar melhor. Sentimos que fora de Lisboa o nosso nome não é muto conhecido. É um caminho que fazemos aos poucos e com o maior gosto.


Qual foi o concerto que vos correu melhor até hoje e que lembram com mais saudade?

Tivemos o da semana académica de Lisboa, o do Lux, outro agora há pouco tempo no Santiago Alquimista, o do Rock in Rio... Vários, é dificil escolher um.


Pela vossa experiência, o que acham de criar e desenvolver uma banda em Portugal?

Considero que os Soulbizness tiveram sorte, pois mal nasceram, ganharam um concurso com projecção. Isso foi muito bom a vários niveis, contudo representa muito pouco a médio e longo prazo. Ter uma banda, ou fazer o que quer que seja em Portugal (menos jogar futebol), representa um esforço pessoal muito grande, um investimento de tempo e dinheiro. Pára nós, que sentimos os Soulbizness como um hobby e não somos musicos profissionais, é gratificante ver o projecto evoluir e crescer lentamente. Para um musico que precise de viver de uma banda, presumo que o nosso país seja um pesadelo.


Quanto à exportação da vossa música, está a acontecer ou estão a pensar nisso?

Não estamos a pensar na exportação, até porque ainda há muito trabalho de reconhecimento para fazer dentro de portas. Até ao momento, tudo o que fazemos é de peito aberto para a internet. Não há nenhum plano de nos mostrar lá fora, a não ser ter páginas em redes sociais e partilhá-las com pessoas de outras nacionalidades.



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