terça-feira, 9 de junho de 2015

AINDA TENS QUE OUVIR #12: DAPUNKSPORTIF - "Fast Changing World" (2012, LX Editora/Compact Records)




Os Dapunksportif são uma banda de Peniche composta por João Guincho (guitarra), Paulo Franco (guitarra e voz), João Leitão (baixo), Zé Carlos (Bateria) que em 2012 editava "Fast Changing World", aquele que era o terceiro longa-duração da sua carreira e dava uma progressão lógica a esta última, 
continuando com a demonstração de como fazer bom rock. Os ingredientes para esta fórmula de sucesso são claros: riffs viscerais e um groove frenético contribuem para um rock rasgado, musculado e stoner q.b., a que se adicionam vários bateristas convidados: Marco Jung, Pedro Cação, Johnny Dynamite, David Canhoto e Samuel Palitos.
Por vezes achamos que estamos a ouvir Danko Jones, outras vezes Danzig, Queens Of The Stone Age ou Kyuss.





É natural, por isso, que este registo não varie muito em termos estilísticos.
Com uma abordagem direta e sem rodeios - como se quer no bom “old good rock n’ roll” -, temos temas mais enérgicos como o single “Watch Out”, feito de rock cru e duro, “Hunting On The Dance Floor”, claramente a fazer lembrar uns QOTSA, ou “I Think I Think Too Much” preenchido com riffs diretos e ritmo acelerado. Outras paragens, como os casos do tema-título e de "Big Bluff" (com um baixo potente e um refrão muito bom), primam mais pelo groove. Por outro lado, a banda também sabe servir algumas músicas um pouco mais aceleradas, como a cheia de atitude “Gimme One More” ou “Reptilian Super Freaks”, e sem perder a potência e a agressividade para desencantar ecos pesadões de guitarra em “Lazy Human Being”, “Wrong Way Home” ou “Illusionary Individuality”. Já num outro plano, fugindo mais para a complexidade e resquícios de Rush, por vezes, “Sweets & Garlic” emerge vitoriosa. 






Em "Fast Changing World" temos um álbum extremamente competente e com tudo aquilo que se pede a um trabalho de nota dentro do rock. todos os ingredientes que compõem um excelente álbum de rock. Enquanto se aguarda ansiosamente pelo quarto tomo que sairá, prevê-se, em 2016, vamos também esperar que a fasquia se mantenha alta.


Hugo Gonçalves






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