E se, numa pequena pausa das Golden Slumbers, uma das manas Falcão surgisse com os Vaarwell com um EP de estreia a sair já para a semana?
E se do final dos Charlie Winchester se multiplicassem os The Sunflowers agora definitivamente ligados à corrente?
E se os Ghost Hunt estivessem já num dos maiores cartazes do Verão português mesmo que se tenham estreado já neste ano?
E se, de repente, se deparassem com uma Inês Salpico tão poderosa qual Patti Smith da música pop? Ou com uma encantadora Mai Kino?
São mais 5 talentos para a troca: façamo-los maiores e tenhamos a certeza de que mais surgirão. São moedas de troca para um futuro em que haja eco de algo.
Press "play". Menos no Grooveshark, nesse já não dá.
Vaarwell
Porquê Vaarwell?
Sim.
Como definem a música que produzem?
Música bonita feita por pessoas bonitas :)
Qual é a vossa melhor canção?
É difícil responder porque temos muito orgulho em todas! Este mês ainda poderão ouvi-las porque estão incluídas no EP!
Rolling Stone.
Glastonbury.
Spotify.
WAV.
SEASE, Tio Rex, Quelle Dead Gazelle, Slow J, Keep Razors Sharp, Lotus Fever...
'Porquê Vaarwell"? Hehe : )
Kings of Convenience - Winning A Battle, Losing A War: para aqueles momentos extra- deprimentes para os mais masoquistas.
Inês Salpico
Porque é o que diz o certificado de nascimento e não vale a pena complicar.
Como defines a música que produzes?
'Pop' com ligação visceral ao corpo e à palavra.
Qual é a tua melhor canção?
Uff...é sempre a que está por escrever. É esse o Santo Graal: a canção perfeita.
Para quem escreve/compõe a música é sempre mais importante. É a razão de ser de tudo. Mas 'hoje em dia' a comunicação e o 'marketing' podem ser perversamente mais absorventes. É o dilema do 'chef': para abrir o restaurante passa mais tempo a enviar 'e-mails' do que a cozinhar.
De que revista não te importarias de estar na capa?
Reader's Digest. Imagina: anos e anos as salas de espera de consultórios de todo o mundo! Se o editor não quiser.... a Interview e a W são boas segundas escolhas.
Paredes de Coura.
MP3, FLAC, WAV ou vinil?
Flack. Roberta.
Que nem o Prof. Marcelo, sugestões de cultura (literatura, cinema...) musical?
Cinema: todas as bandas-sonoras dos filmes do Wong Kar-Wai; as tiradas 'nonsense' dos franceses que dão vontade de sorrir e de dançar (Godard claro - 'Vivre Sa Vie', 'Bande À Part',... -, Louis Malle - Zazie Dans Le Métro - etc, etc.). Os Cohen também têm directores musicais sempre inspirados - ver Justin Timberlake & Co. a cantar a irresistível 'Hey, Mr. President' em 'Inside Llewyn Davis'.
Livros: 'Negative: Me, Blondie, and the Advent of Punk', com as fotografias que documentam os anos 70 e 80's e todos os ícones e animais que fizeram a história do 'rock' e do 'pop'. E quem melhor que Chris Stein para registar tudo a quente?
Qual é a pergunta mais irritante que te podem fazer?
Ver acima (quem adivinhar ganha.... nada, não ganha nada, mas perde algum tempo).
5 canções para 5 cenários/situações diferentes.
Ornatos Violeta - Nuvem: para dias chuvosos em que não se sabe bem quem se é.
Last Shadow Puppets - My Mistakes Were Made For You: para uma declaração de amor realista.
David Bowie - Space Oddity: para cantar frente ao espelho.
António Variações - É P'ra Amanhã: para cantar no duche.
Sérgio Godinho - Espalhem A Notícia: para cantar ao ouvido.
The Sunflowers
Porquê The Sunflowers?
Carlos de Jesus (CJ): Porque não Sunflowers? O girassol é uma planta que se move com a trajectória do sol e nós somos uma banda que se move com o 'garage rock', com o 'surf' e todos os seus subgéneros e derivados.
'Fun fact': Os girassóis não são assim tão comuns como as pessoas pensam e a flor não ficou conhecida pelo cheiro que tem mas sim pelo formato exótico e singular. Um bocado como nós.
Carolina Brandão (CB): Acho que ninguém tem uma resposta exacta para essa pergunta. Mas faz parte da nossa mística sermos misteriosos.
CJ: Alguém nos disse que soávamos a algo saído de uma 'polaroid' tirada na Califórnia. Eu gosto de pensar que soamos como queremos e gostámos.
CJ: Sim, isso é como perguntar 'de qual filho gostas mais?' Não acho que tenhamos uma canção que seja melhor que as outras mas acho que com o tempo vamos melhorando e aperfeiçoando a maneira como escrevemos as canções.
CB: A música é a parte mais importante da banda mas as duas coisas complementam-se.
CB: Porquê, alguém quer fazer uma capa connosco?
CJ: Vou mudar a minha escolha para a capa do folheto do IKEA.
CJ: Dos 3 é o que tem o melhor alinhamento (pelo menos até agora).
CB: Sim mas toda a gente sabe que (identificar página) Este evento ficava muito mais fixe se os Sunflowers fossem tocar.
CJ: Pára de identificar páginas.
CB: Bandcamp.
CB: Cassete.
CJ: Não sou a melhor pessoa para responder a isso.
CB: Tem que ser de cultura musical? Para isso tínhamos que disponibilizar as nossas 'playlists' de 'road trips'.
CJ: Mas vão a concertos, principalmente de bandas novas. Elas agradecem o público e o apoio e pode ser que encontres a tua nova banda favorita.
CB: O porquê de nos chamarmos Sunflowers.
5 canções para 5 cenários/situações diferentes.
CJ: Se algum dia passar… Até lá: 'Mama Kim' para um dia de sol, 'The Witch' para quando quiserem dançar, 'I Saw a Ghost' para quando estiverem a tomar banho, 'PB&J' para quando estiverem com fome e a 'Scream' para quando quiserem partir os vidros ao carro do(a) vosso(a) ex com um bastão de basebol.
Ghost Hunt
Porquê Ghost Hunt?
O facto de um de nós ser um grande fã de cinema de terror pode ter tido alguma ligação, mas escolhemos esse nome apenas porque nos soou bem.
Uma sugestão já antiga: o álbum 'Psychotropia' de Nick Nicely.
Ram Jam - Black Betty: numa festa.
Mai Kino
Há uma rede de significados, que me reaparece em sonhos.
Como defines a música que produzes?
Vem de um sítio honesto. Gosto de encontrar pontos ambíguos e de justaposição tanto a nível lírico como sonoro, em que uma frase pode ser interpretada de várias formas, uma melodia ser simultaneamente 'uplifting' e melancólica e em que texturas orgânicas se misturam com electrónicas.
Dizer que 'género' de musica faço é mais difícil porque quando estou a escrever nunca penso nesses termos; tento, na medida do possível, manter o intelecto a uma distancia segura do processo de 'songwriting'. Mesmo por isso tem sido muito interessante ler a forma como as pessoas têm descrito o meu som.
Qual é a tua melhor canção?
Não sei, depende do mood… espero ainda vir a escrevê-la.
A música é definitivamente o mais importante, mas o universo que se cria à volta do projecto ajuda a comunicar a visão do artista e a incluir a audiência nesse mundo e há valor nisso, na forma e cuidado como apresentamos o nosso trabalho ao público.
Claro que também existem muitos casos extremos hoje em dia em que o artista se torna numa espécie de marca ou produto e nos quais a qualidade/honestidade da música parece ser secundária e é pena. Acho que depende das tuas prioridades como artista…
De que revista não te importarias de estar na capa?
Nunca pensei nisso… qualquer boa revista de música/arte.
Primavera Sound, Glastonbury ou Lowlands?
Estão todos com um 'line-up' excelente este ano…
MP3, FLAC, WAV ou vinil?
Depende da função. Vinil é sempre aquela magia...
Que nem o Prof. Marcelo, sugestões de cultura (literatura, cinema...) musical?
“Just Kids” (Patti Smith).
“Silence” (John Cage).
“How Music Works” (David Byrne).
“Twelve Bar Blues” (Patrick Neate).
São todos livros muito bons, por razões/para efeitos diferentes.
Qual é a pergunta mais irritante que te podem fazer?
Quando me perguntam porque sou vegetariana com ar depreciativo.
5 canções para 5 cenários/situações diferentes.
Elliott Smith - Between The Bars: para tocar na guitarra em 'loop' num dia triste.
Majical Cloudz - This Is Magic: para ouvir de olhos fechados.
Dean Blunt - The Narcissist: para vaguear pelas ruas de Londres.
Easter - Champagne121212: 'to get your Berlin on'.
Mount Kimbie - Made To Stray: para dançar.
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