sexta-feira, 3 de abril de 2015

DE E POR: A CONSTANT STORM - "Storm Born" (2014, Ed. Autor)

Há cerca de um ano atrás "Storm Born" reflectiu a estreia do projecto A Constant Storm de Daniel Laureano. Quatro temas num crescendo de duração e de intensidade tão aparentes como carnais, quatro momentos de uma tempestade muito mais do que artisticamente criada e em que o final é, em todo o momento, a grande motivação para tamanha exposição e desgaste pessoal.
Entre a procura de filtros e estruturas e a repulsa por uma produção demasiado artificial, é o próprio autor, melómano e crítico viciante, que nos explica e desconstrói a mistura entre ambientes (eminentemente mais góticos), darkwave e metal a resgatar de influências de Burzum, Dream Theater, Ulver, Dead Can Dance ou até dos Moonspell que motivariam pouco depois uma versão de "Love Crimes", um dos temas de abertura do mítico e estreante "Wolfheart". 




Embrace

É a 'overture' do álbum. A melodia inicial, tocada em piano, foi uma das primeiras coisas que compus para o projecto A Constant Storm e cedo decidi utilizá-la como melodia principal deste EP, sendo que esta também aparece na quarta e última música do mesmo. As outras duas melodias surgem na terceira e segunda músicas, respectivamente. Na letra, a descrição dos momentos antes da tempestade começar, a tranquilidade sinistra.


The Clouds Turn Black

Esta música começa com riffs suaves de guitarra limpa, com o baixo e os teclados a criar melodia. Depois entram as guitarras distorcidas e o 'feeling' atmosférico do início da tempestade. O solo serve como final desta faixa assim como ligação com a próxima. Nas letras é descrito o início da tempestade e as mudanças que começam a ocorrer, à medida que uma chuva fina se transforma num vendaval. Esta progressão está também reflectida na música, que é essencialmente um crescendo.



The Grounds Are Shattered

Esta música começa imediatamente a seguir à anterior para dar a sensação que ambas são duas partes de uma mesma faixa. Foi criada à volta de um riff que me fez lembrar muito algo que os Darkthrone ou os Satyricon fariam e que me agradou bastante. Fecha com um solo de teclado que, curiosamente, foi inteiramente improvisado. Em concordância com as letras, que descrevem os efeitos mais destrutivos da tempestade, a música é, no seu todo, a mais pesada do álbum.



From The Eye Of The Storm

Com mais de 10 minutos, esta é a música mais longa do álbum. A música vai sempre subindo de intensidade, terminando numa parte extremamente rápida e forte com 'blast beats' e um solo de guitarra agressivo por cima do padrão e melodia presentes no início da primeira faixa do álbum. Não fugindo à regra, o lado sonoro está em concordância com a letra, primeiro descrevendo os acontecimentos da perspectiva da tempestade, no seu centro silencioso, e depois o clímax do vendaval, terminando abruptamente após um último ataque.





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