sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

AS APOSTAS IMEDIATAS PARA 2015 - Inês Martins/Marco Duarte

Passado um ano cheio de coisas boas, recheado de bandas e músicas que nos fizeram chorar por mais, esperamos que suceda o mesmo no novo ano que acaba de chegar.
Para isso apresentamos-vos alguns dos artistas, mais ou menos experimentados, que certamente vão ter um papel crucial para o panorama musical português em 2015, seja a lançar um novo trabalho ou a fazer mossa em salas de espetáculos e festivais, a Norte ou a Sul. Os critérios de risco para apostar são, pois, claros.






Abrimos as hostes no distrito de Braga, em que os Killimanjaro, repetida aposta, e os indignu, com álbum para lançar em breve, já marcaram à sua maneira um lugar no panorama musical português das elevadas expectativas e de altas façanhas.
E porque não visitar Braga com Bruma? O quarteto que percorre originalmente o trajecto que liga o jazz ao rock já prometem mais do que mostram e lá para Março conta-se que estará a sair um próximo registo depois de fazer algumas semanas desde que levantaram o véu do que aí vem, no Maus Hábitos. 
Talvez ainda mais cedo, não poderemos despedir-nos da cidade dos arcebispos sem "Amor Vezes Quatro", o próximo trabalho dos Ermo cujo vocalista, António Costa, tanto lança pistas para pôr todo o país a mexer com a produção independente via TOSSE, como participará no 5º EP de Atillla com lançamento previsto para o início do ano.





Ali ao lado, no berço de Portugal, parece que anda a nascer sangue novo, adolescentes que não temem em aventurar-se pelo indie e pelo surf-rock. Os Tøuløuse, depois de passarem pelo Vodafone Mexefest, perdem agora alguma da sua anonimidade ao encherem os demais feeds das redes sociais com as suas músicas. Igualmente,
 a vila mais antiga de Portugal foi representada no Mexefest, e com sucesso, pelos Big Red Panda, discípulos coordenados do simples rock psicadélico já com um disco de 2014 e presença garantida em 2015 nos grandes palcos portugueses.





Para além de Atillla, porque não parar pelos lados do Porto, mais concretamente em São Mamede do Coronado? Por estas paragens residem alguns dos Equations, a fugirem do math-rock e a acentarem uma eletrónica muito característica e uma pitada de kraut- rock em direcção a "Hightower", previsto para sair em Fevereiro e inaugurar o ano da Lovers & Lollypops que terá novidades e estreias de Memória de Peixe, The Glockenwise, dreamweapon, Plus Ultra, Flamingods e Medeiros/LucasNão podia deixar-se de, com terras do Douro repletas de bandas a emergir na música portuguesa, falar do novo trabalho dos 10000 Russos com uma nova formação lá mais para a frente, bem como o registo de estreia em longa-duração dos Holy Nothing já a dar cartas na música eletrónica.
Em estreia quase absoluta, 
Lousada. Uma localidade sem tradição musical que emerge na nossa previsão graças ao stoner-metal dos Maga, que embora ainda não muito presentes nos ouvidos de todos, já deram bons concertos e boas demonstrações do seu primeiro álbum que irá finalmente deliciar-nos.





Descendo para terras da Margem Sul do Tejo, 2015 será altura de os discos lançados sorrateiramente pelos Surveillance e Lydia's Sleep no final do ano passado gerarem outra atenção e outro feedback num palco muito perto. Pela área da capital, os gipsy-bluers The Ramblers lançam daqui a uns dias "Wet Floor", o disco de estreia que sucede ao EP "Yer Vinyl", e num mundo do jazz completamente diferente, João Hasselberg e o novo “Truth Has To Be Given in Riddles”, do nu-jazz ao free-jazz e ao folk, segue como um dos grandes representantes do novo jazz português.




Por fim, os Marvel Lima rompem o Alentejo desértico e o conforto do lar com o groove latino aplicado ao rock mais psicadélico e deseja-se que este ano traga não só mais uma canção, traga conjuntos de canções. Vão ser muitos nos próximos meses a romper a "pasmaceira" facilitista.

Inês Martins/Marco Duarte






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