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Os darkWaters são um quinteto de Sérgio Lucas (vozes), Jorge Costa (guitarra solo), Diogo Cardão (guitarra ritmo), Nelo Almeida (baixo) e Filipe Serrano (bateria) que se formou em Agosto de 2012 e que, depois de ter chegado à final do concurso Hard Rock Rising em 2013, lançou em Setembro do ano o álbum de estreia “Golden Age of Decadence”.
A banda de São Pedro do Sul reúne neste trabalho diversas influências de géneros como o heavy metal e o hard rock mais típico da década de 80, bem como tendências mais contemporâneas como o groove metal. Contudo, consegue, ao longo dos sete temas que compõem o álbum, formar uma peça musical homogénea pegando no melhor que bebeu das suas influências e concentrando todo o potencial em temas que se revelam competentes e certamente não desapontarão o típico fã de rock mais pesado.
Está tudo aqui: riffs agressivos (“Pure Hate”), bons solos de guitarra (“Osiris”), temas rápidos e incisivos (“Pure Hate” ou “Rock It While You Can”), assim como músicas mais compassadas como “Science Of Things” ou “Forsaken”, esta última com uma cadência inicial quase ao estilo das típicas baladas hard rock de 80. É, aliás, esta diversidade estilística, aliada à capacidade demonstrada pelos seus intervenientes que faz deste disco uma aposta segura.
Neste aspeto salta à vista a bem oleada dupla de guitarristas, os quais demonstram toda a sua competência, seja através de riffs poderosos ou pelos solos que, aqui e ali, irrompem através da muralha de som sempre presente. Outra palavra especial para a prestação extremamente capaz de Sérgio Lucas que, no seu jeito a la Mustaine, “ousa retratar a busca infindável das mais profundas, obscuras e tão frequentemente silenciadas facetas da natureza humana, com o intuito de despertar todas as almas adormecidas e escravizadas pelo governo tendencioso do politicamente correto”, parafraseando a própria banda.
Não, este não é um álbum que venha ditar novas regras no espectro rock e sim, existem concerteza aspetos que poderão ser mais explorados ou melhorados.
Contudo, isto não significa que a banda não tenha cumprido o objetivo a que se propôs: criar boa música e ser reconhecida pelo seu bom trabalho - quanto a isto, não temos quaisquer dúvidas. Os darkWaters têm neste “Golden Age of Decadence” uma boa estreia que poderá ser um trampolim para algo ainda melhor no futuro. Assim esperamos.
Hugo Gonçalves
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