quinta-feira, 24 de outubro de 2013

MINIMUS - "MINIMUS" (2013, Empty Foxhole)





Formada em Oliveira de Azeméis, Minimus é uma banda baseada numa sonoridade post, com marcas vincadas do rock progressivo. O conjunto, que começou por ser um trio, é agora um quarteto composto por Nuno Freitas no baixo, Pedro Godinho na bateria e no trombone, Rui Lopes na guitarra e Rui Martins na guitarra, teclas e voz.
Influenciados por nomes como Godspeed You Black Emperor, The Mercury Man, Mogwai e Pink Floyd, os Minimus prepararam o seu primeiro EP, 
constituído por 4 temas, cada um detentor das suas peculiaridades. 




“Inflatable Pigs Singing”, a faixa que inicia a quadra e primeira a ser conhecida, embora não sofra grandes alterações na sua dinâmica, é marcada por riffs de guitarra dispersos e ricos em acordes harmoniosos, acompanhados por um prato intermitente de bateria.
Logo de seguida, “The Loss” surge, com certeza, como a música mais intrigante de todo o conjunto, com mudanças significativas na sua intensidade à medida que os seus 7 minutos e 21 segundos vão chegando ao fim: encontramos nela um misto de acordes nervosos com acordes suaves, como um céu nublado com algumas abertas, que culminam num solo de guitarra, deixando o ouvinte expectante pelo que virá a seguir.

Já de “Into the Labyrinth” e “Douglas Fir”, pode-se dizer que são, sem sombra de dúvida, as faixas mais progressivas do EP. A primeira, com varejos de guitarra próprios do post-rock e ruídos de fundo que lhe conferem um ambiente de misticidade, contém a presença vincada de um sintetizador que nos leva também a viajar pelo space rock de bandas como Pink Floyd, Tame Impala e Spiritualized; já na segunda, encontramos traços do jazz, inspirados pela participação de instrumentos de sopro. Assim, através de riffs pesarosos e cheios de escuridão, terminamos este brilhante alinhamento com um aperto no peito. 






Este EP de estreia é a prova de que o trabalho e a busca por diversas influências musicais são o caminho para o sucesso e, por isso, os Minimus são merecedores de 40 minutos de dedicação da nossa parte. Ficamos à espera de um novo trabalho, que decerto trará consigo uma considerável evolução.



Joana Jorge





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