quinta-feira, 1 de agosto de 2013

FUSING CULTURE EXPERIENCE 2013: DA ORGANIZAÇÃO À REALIZAÇÃO

Lisboa? Porto? Algarve? No final desta semana, todos os olhos vão estar postos no FUSING Culture Experience. A primeira edição do festival, que terá lugar entre 1 e 4 de Agosto, promete encher a cidade da Figueira da Foz por razões outras que somente a praia ou o sol. Quatro dias cheios de boa música nacional, arte urbana, desporto, e gastronomia.





A primeira de muitas edições ?

Tudo nasceu no início de Setembro de 2012, quando um grupo de jovens da Figueira decidiu pôr as mãos à obra e preencher o vazio cultural de que a cidade carecia até agora. "O projeto surgiu realmente porque sentimos a necessidade de criar eventos deste tipo, não só na Figueira da Foz mas também na zona Centro. Diz-se muitas vezes que ‘a cultura não é descentralizada’… achámos que a Figueira da Foz tinha esse potencial inexplorado. Creio que estavam reunidas todas as condições para a realização de um evento desta natureza", confessa Carlos Martins, um dos membros da organização. Como em todas as primeiras edições, passa-se sempre por "uma fase de experimentação", o que não significa que tudo não foi feito para convencer as diferentes entidades e patrocínios a aderirem ao projeto.

Primeiro nasceu a associação Doistrêstrês que foi "um dos meios para atingir o objetivo que era o FUSING". Bateu-se a várias portas e "mencionou-se o quanto a 'marca FUSING' tinha um potencial inovador e diferenciador". A pouco e pouco, grandes marcas nacionais e internacionais decidiram colaborar com a organização, assim como algumas agências com quem tiveram sempre o cuidado de "estabelecer relações fortes e muito próximas". "Muito felizmente, as respostas foram boas", revelou Carlos Martins, mesmo que o primeiro contato com a autarquia não tenha sido logo totalmente positivo. 

E se as coisas têm corrido muito bem até agora, Carlos Martins não perdeu a lucidez. Quando questionado sobre o factor "concorrência", admitiu : "Logicamente que é uma coisa que nos preocupa. Existe muita oferta, o mercado está saturado, cada vez mais… aliás nós somos exemplo disso…" Quando quisemos também saber se o festival irá ter mais edições: "Depende dos resultados, dos prognósticos… mas já se fala um pouco, já houve alguns contactos nesse sentido. Mas sim, gostávamos que a marca se impusesse no panorama nacional". 





O que podemos esperar desta edição ?

Mas os primeiros números até dão boas esperanças. "A nível de vendas de bilhetes gerais, temos cerca de 3 000, o que é um número interessante para uma primeira edição. Estamos à espera dos bilhetes vendidos à porta mesmo que saibamos que nunca atingirão valores como os gerais…as balizas que estabelecemos entre as 5 000 e as 10 000 pessoas diárias são perfeitamente atingíveis". 
Se Carlos Martins prometeu algumas "surpresas", também deixou algumas dicas musicais para quem ainda não sabe a qual dos mais de 35 concertos assistir. "A nível de destaques musicais, as grandes bandas nacionais como os PAUS, os Linda Martini, Orelha Negra e uma atuação muito especial do António Zambujo e Samuel Úria com o Rancho da Aldeia Nova de São Bento". Uma sugestão de A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria, projeto de Tiago Pereira e um dos parceiros de programação do festival, a que Samuel Úria entretanto se juntou.

Quanto ao desporto e às artes, o objetivo procurado também foi o de promover a diferenciação e de pôr a zona Centro no mapa. "Quisemos pegar em coisas da cidade e potencializá-las. Como no desporto - com o surf, e tendo uma pista de snowboard em Agosto numa cidade", explicou Carlos Martins.
Resta agora esperar que o Sol e o Verão regressem em cheio nos próximos dias para que o público, todos os participantes do festival e a natureza estejam perfeitamente em simbiose, ou melhor, em fusão. Nós já estamos prontos para as histórias que haverá para contar.

Mickaël C. de Oliveira





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