quinta-feira, 11 de julho de 2013

THE STONEWOLF BAND - DAYBREAK (2013, Ed. Autor)




Vai uma salada musical? Sim? Ótimo. É isto que podem esperar do EP de estreia dos The Stonewolf Band, intitulado "Daybreak", lançado em Janeiro deste ano. A banda lisboeta composta por Ricardo Lobo (guitarra acústica, cavaquinho e voz), Gonçalo Pereira (percussão), Filipe Mendes (baixo) e Gon Mendes (bateria) produziu um disco recheado de boas energias, transbordando positividade ao longo de seis temas que nos são apresentados com uma boa dose de blues e country, bem como uns pozinhos de reggae e folk pelo meio.


"Rub Up" dá início à viagem sonora com uma slide guitar que nos remete para o country/blues contando ainda com umas pitadas de distorção aqui e ali, enquanto que a trilha resume em si a mensagem positiva que a banda deseja transmitir e que é comum ao restante do disco. Segue-se "Rival", faixa mais direta, com riffs mais pujantes no momento mais groovy e símbolo das raízes rock que a banda assume possuir. Com um refrão mais complexo e um pouco mais experimental globalmente não foge, no entanto, ao fio condutor de todo este "Daybreak".



O primeiro tema mais melódico é "Texas", que de tão eufónico, doce e folk enquadrar-se-ia perfeitamente, por exemplo, na banda sonora de "Into The Wild" composta por Eddie Vedder. Por seu lado, "L.L.G.", sigla para "Little Lady Girl", é a canção mais pop-rock do registo havendo ainda espaço para o ritmo funk e para a guitarra dar um ar da sua graça em pequenos momentos. Mais uma vez, o positivismo é a mensagem a reter e o estilo preconizado nos álbuns mais recentes de Carlos Santana emerge em todas as audições
Seguindo a orientação mais melódica e pop do álbum, "Follow Me" tem nos momentos certos coros bastante interessantes e um acrescido solo de guitarra já no final. A terminar o LP, "Faultline" cria uma atmosfera intimista e extremamente soft no seu jeito blues, onde a voz e a guitarra são quem mais brilha, capaz de fazer vir ao de cima o que de melhor há em cada um de nós.




Um registo onde os devaneios musicais ou os egos individuais dos músicos dão lugar aos sentimentos e à mensagem que se deseja transmitir. Funcionando como uma verdadeira coletânea de estilos musicais, este álbum revela-se como uma verdadeira lufada de ar fresco numa altura em que o país bem precisa de algo que ajude a elevar-nos o espírito. Se precisa de algo que lhe faça sentir melhor, o efeito é praticamente imediato após ouvir este EP. Se não precisa, ouça-o na mesma porque vale mesmo a pena.


Hugo Gonçalves




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