O 3º longa-duração da carreira de The Weatherman, lançado em 2013 e com o mesmo título que o projecto, é um passo em frente rumo a uma notoriedade que os anteriores "Cruisin' Alaska" e "Jamboree Park at The Milky Way" não gozaram na totalidade. O instrumento continua a ser o mesmo - pop-rock - com a variante de se notar na generalidade uma maior presença electrónica nas canções que se ouvem.
Lugares-comuns, não desprezando o trabalho e o evidente facto de Alexandre Monteiro assentar como uma luva na cena britpop, merecem sempre um decoro especial na sua decoração, servindo tanto para se apresentar como para se reconhecer. Em "The Weatherman", vamos preferir ouvir as canções de "Cruisin' Alaska"´conjugadas com as de "Jamboree..." e com as canções deste disco. Um espectáculo ao vivo, portanto.

Em "The Weatherman", há muito dos Beatles que os Oasis e os We Trust recuperaram para si sem o desenlace necessário para que "Jamboree..." ainda apontava. Sem isso, este é um disco que não poderá acrescentar muito mais canções de base à carreira de Alexandre Monteiro e que não recupera por inteiro a singularidade de registos anteriores. Está na altura de aproveitar a boa produção de "The Weatherman" para canções mais ou menos clássicas, mais ou menos sóbrias, mas que não fiquem sentadas ao frio, ao jeito do desânimo, crítica ou severidade fáceis numa época de reinvenções obrigatórias da pop contemporânea. "The Weatherman", as versões com e sem aspas, folk ou pop, não estão para lá destinadas.
André Gomes de Abreu
Fotografia por Ana Pereira
(galeria completa em facebook.com/bandcom)
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