Os Birds Are Indie são um duo que vem de Coimbra, mais propriamente um rapaz e uma rapariga chamados Ricardo Jerónimo e Joana Corker. Começaram a fazer música em 2010 de forma bastante simples e descomprometida (tal como os próprios dizem, não são músicos) e nesse mesmo ano lançaram 2 EPs Love Birds, Hate Pollen e Life is Long através da netlabel Mimi Records. Apesar da simplicidade tanto nos instrumentos utilizados como na construção das canções, a pop descontraída dos Birds Are Indie cativou a crítica e o público o que lhes valeu concertos por todo o país destacando-se a presença no Festival de Música Independente em Braga, Musicbox, no Festival Novos Talentos FNAC ao lado de bandas como os PAUS, Memória de Peixe e We Trust, bem como recentemente uma pequena tour por várias cidades espanholas.
Em 2012 lançaram o seu primeiro
longa-duração intitulado How Music Fits Our Silence, gravado
pela editora Murmürio Bookings
(criada pelos mesmos) e com a importante participação de Henrique Toscano. O
álbum é composto por 12 temas que vêm na sequência do brilhante trabalho das
anteriores edições, apresentando a mesma simplicidade na construção das
canções, o mesmo amor, aliados a uma maior maturidade e profissionalismo (mas
não em exagero!), deixando os ouvintes com o mesmo sentimento de paixão.
Estamos assim na presença de um disco que apesar de não muito inovador em
relação aos EPs acaba por não ser repetitivo, o que faz dele um excelente álbum
de estreia.
Faixas curtas, instrumentos
acústicos, letras de amor e sobretudo suavidade em ambas as vozes são a receita
de um disco que encanta logo à primeira audição. Marcado por uma grande
homogeneidade entre todas as faixas, é difícil de destacar qualquer música de
um disco que funciona tão bem como um conjunto. Começo talvez por destacar “Needless
to Say”, uma canção que mostra que não é preciso um sem número de acordes e de
instrumentos para fazer uma bela canção. Segue-se “Black Sun” e a belíssima “I
Will Say It In Your Face” que nos deixa uma enorme vontade de cantarolar.
Já na segunda metade do disco surge
“A Bad Hair Day”, faixa na qual é impossível resistir a uma assobiadela e
estalar de dedos e no final fazer um repeat
(que pena serem apenas 2 minutos!). Até ao final do disco podemos dizer que é
mais do mesmo, canções puras, feitas com tanto amor e que não nos poderiam soar
melhor na cabeça.
Com tantos dissabores e tristezas
que este mundo nos dá, nada melhor que How Music Fits Our Silence para nos
aconchegar e fazer ver que afinal o mundo está repleto de amor para dar, tal
como o Ricardo e a Joana fazem questão de nos transmitir. Um autêntico disco de
cabeceira para nos embalar em belos sonhos.
Continuem a contar-nos histórias
de amor que nós gostamos de ouvir!
Diogo Marçal
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