terça-feira, 22 de maio de 2012

Joaquim Albergaria - Q&A


Tive o enorme prazer de, na Queima das Fitas do Porto 2012, trocar umas breves palavras com Joaquim Albergaria, dos PAUS, parte integrante do cartaz dessa mesma queima.
O membro da banda teve a gentileza de me responder a algumas perguntas sobre esse evento:

O que achaste do ambiente da Queima das Fitas do Porto 2012?

Joaquim Albergaria: Bem, o espírito académico é uma coisa que me confunde – nunca sei se é felicidade de pertencer a um comunidade estudantes sem futuro profissional garantido ou uma competição para o coma alcoólico mais rápido e espetacular. No entanto, e apesar do aroma que vinha do cerco de mictórios, foi um concerto mesmo bom e não pude deixar de sentir que havia mesmo muita gente que foi lá para ver música. Não me levem a mal com o meu ressabiamento, mas mesmo assim foi das melhores queimas das fitas em que já toquei. Ainda por cima tinha carrinhos de choque, o que é sempre maravilhoso.

Sabendo que é um evento dedicado aos estudantes, achavas que os presentes iam dar mais atenção aos PAUS do que às barracas?
JA: Eu percebo que uma semana académica é muito como uma época de caça ou acasalamento. As motivações de quem lá vai, na sua maioria, não vão de encontro a um serão de tertúlia comedida dedicada à apreciação e discussão das artes musicais. O que eu quero é que as pessoas se divirtam, comam, bebam e fodam o suficiente antes de tomarem decisões que as vão fazer lembrar desta semana académica como os melhores dias da sua vida.



Sentiste-te bem por actuares na Invicta Cidade do Porto, num ambiente tão festivo?

JA: Claro, eu sou do pagode.

Sei que depois de todo o alvoroço do concerto, foste relaxar um pouco para os carrinhos de choque. Foi uma boa maneira de entrar no espírito da Queima das Fitas?

JA: Adoro carrinhos de choque, porque não tenho carro nem conduzo. É uma forma de me sentir adulto. O meu sonho desde pequeno é que todo o IP, IC, Estrada nacional e autoestrada fosse uma pista de carrinhos de choque. Imaginem só…

Estive pessoalmente presente no concerto. Aproveito para dizer que foi um excelente início de Queima, mas não pude deixar de notar que houve umas situações de problemas no som. Foi algo que te incomodou?
JA: Não tivemos problemas de som, foram apenas ajustes de volume na minha monição. O que tu ouviste foi uma maravilhosa massa sonora a pôr em causa a forma como entendes e te relacionas com o universo que te envolve e nasce de ti. Se calhar foi isso.

Dado toda a emoção e todo o público da Queima, tens vontade de voltar ao Porto no próximo ano?

JA: Toco onde me quiserem ouvir, e fui feliz na Queima do Porto. Como numa boa bavaroise de ananás, sou menino para repetir a dose.

Agora a um nível mais pessoal, achas que este é o teu melhor projecto?

JA: Até agora, sim.

Vocês têm um estilo bastante diferente de tudo que ouvimos no panorama nacional. Como é que vos surgiu esta ideia tão "excêntrica"?

JA: Queríamos fazer algo que nunca tivessemos feito nem ouvido. Saí-nos bem a aventura.

Podemos esperar novidades dos PAUS?
JA: Podem. Para o fim do ano teremos novos capítulos da aventura que não vão envolver esquadrões de ninjas, nem praticantes de extreme yoga nem o lançamento da nossa própria bebida energética que não se vai chamar “SUMO by PAUS”.

Quais são os vossos próximos concertos?

JA: Vamos fazer uma pequena tourné de auditórios com os nossos amigos You Can’t Win , Charlie Brown. Vai ser totalmente altamente.
- 1 Junho, Teatro-Cine de Torres Vedras
- 14 Junho, Teatro José Lúcio, Leiria
- 15 Junho, Teatro Gil Vicente, Coimbra
- 16 Junho, Teatro Virgínia, Torres Novas
- 22 Junho, Teatro Aveirense, Aveiro 

Agradeço, em nome do BandCom, a excelente boa disposição e disponibilidade do Joaquim Albergaria. Desejo aos PAUS a melhor das felicidades, e que nos continuem a mostrar a melhor forma de nos relacionar com o universo.

Sérgio Morais




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