quarta-feira, 4 de abril de 2012

Samuel Úria


Para os fãs das boas baladas à maneira antiga, Samuel Úria é ponto de passagem obrigatório. Quer seja todo ele voz e guitarra, num registo mais intimista, ou acompanhado por uma banda que preza pelos sempre louváveis desígnios do panque-roque cantado em português, a qualidade lírica arrebatadora e a frescura do seu som fazem dele um nome incontornável entre os embaixadores da nova música portuguesa.

Ancião da Flor Caveira, Samuel Úria integrou várias formações da mítica editora mas ganhou especial notoriedade nos últimos anos pelo seu trabalho a solo. Ouvindo a sua obra-prima “Nem lhe Tocava” torna-se óbvio que é difícil associar este cantor a um estilo musical. Baladeiro? Talvez, mas nem sempre. Roqueiro com laivos de soul? Sim, mas a espaços. Certo é o talento que encerra: o poder de canções como “Não Arrastes o Meu Caixão” e “Teimoso” ou o veludo do já clássico “Barbarella e Barba Rala” deixam antever que, se quiser, Samuel Úria tornar-se-á numa das mais proeminentes figuras da música nacional.



No seu som há guitarras, coros a alto e bom som, teclas, enfim, uma cama confortável para a (boa) voz de Samuel se deitar. Não tem a produtividade frenética do amigo B-Fachada, é certo, mas as canções que se lhe conhecem são igualmente inspiradoras. Ao vivo, enche o palco, tanto com uma banda atrás como sozinho de guitarra em punho.A nós, que gostamos da boa música cantada em português, resta-nos esperar por mais uma demostração discográfica do talento deste.

Bernardo Gonçalves




0 comentários:

Enviar um comentário

Twitter Facebook More

 
Powered by Blogger | Printable Coupons