Onde pára B-Fachada?
O panorama musical português assistiu nos últimos tempos ao advento de um cantautor que, ao que tudo indica, veio para ficar. Um artista de corpo inteiro que é uma autêntica lufada de ar fresco na canção cantada em português e que tem já uma legião de fãs espalhada um pouco por todo o país. Falamos, claro está, de B-Fachada.
Bernardo Fachada compõe com a alma toda, diz o que acha que tem que ser dito sem subterfúgios. A cada disco, uma nova máscara, e o povo gosta do ecletismo do seu trabalho: desde baladas para amansar o coração a letras agressivas que sobressaltam os puritanos, há para todos os gostos. Discos como “Há Festa na Moradia”, “B-Fachada é p´ra meninos” ou o controverso “Deus, Pátria e Família” fizeram-no ganhar destaque nos media e conquistar grandes palcos nacionais como o Super Bock Super Rock ou, mais recentemente, o Centro Cultural de Belém.
Consensual? Não o é
com toda a certeza. Mas o crédito que já tem firmado está a vista de todos.
Fechou 2011 com um disco homónimo num registo mais intimista que os anteriores,
em que o piano aparece como protagonista de uma história passada entre quatro
paredes. De 2012, os fãs esperam mais um ano em cheio. E o caminho que vai
tomar? Imprevisível.
É que Fachada tão
depressa vai beber à fonte que é a música tradicional portuguesa como embarca
em aventuras vanguardistas, o que torna a exploração do seu já vasto reportório
na constante descoberta de um “novo Fachada”. Reportório esse que é construído
a um ritmo impressionante, nada mais nada menos que dois discos por ano! É caso
para repetir: onde pára B-Fachada?
Bernardo Gonçalves
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