domingo, 19 de fevereiro de 2012

The Allstar Project: arrepios que celebram o post-rock



“Into the Ivory Tower” é o mais recente álbum dos portugueses The Allstar Project. Quatro anos passados desde o anterior trabalho -"Your Reward...A Bullet” - o quinteto não desilude. Que o digam os users da Blitz que consideraram este álbum o 20.º melhor lançamento nacional de 2011.

Ao que parece o disco foi gravado em apenas cinco dias – para os religiosos, menos do que o 
tempo que Deus demorou a criar o mundo. O recorde é mordaz. O repertório do disco, composto por oito temas, recorda a apetência da banda pelos intensos instrumentais, que atravessam emoções e espelham almas – a tua, a minha, as nossas. Os temas mais calmos – “Advent” e “Light For a Thousand Night” - aparecem intercalados com os riffs mais pesados de “Shifting Poles” e “Pyramidal”. 



E à intensa sonoridade, criada pelas três guitarras do grupo, foi adicionado o violino de Filipa Cortesão no tema “Alignment”. A letra, algo que o quinteto dispensa, aparece em “Not all a Dream” - recitada não cantada (spoken word) -, fazendo alusão aos fortes versos do poema de Lord Byron. “Morn came, and went and came, and brought no day, and men forgot their passions in the dread of this desolation; and all hearts were chill'd into a selfish prayer for light”, ouve-se Nunez, um dos guitarristas do projecto musical, declamar.

Destacam-se, ainda, a destruição e o caos na capa que dá rosto a este novo álbum (uma reprodução de um quadro de Thomas Cole, de 1836). O grupo, que conta já com 10 anos de estrada, marcará presença na edição de 2012 do Dunk! Festival, em Zottegem, na Bélgica - com belíssimas composições que mais do que celebrar o post-rock o engrandecem.

http://www.facebook.com/theallstarproject

Tânia Azevedo




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