terça-feira, 13 de setembro de 2011

The Godspeed Society - Ao Vivo



No dia 25 de Agosto, no âmbito de uma iniciativa da Super FM, o "Força Total à Música Nacional", os The Godspeed Society tocaram no Renhau-nhau Live Act Café, na Costa da Caparica. Contaram ainda com a participação especial dos Opum Diabolicum, grupo de cordas que já trabalhou com os Moonspell, factor em comum com a cantora dos GS. Apresentam-se como um grupo musical que não apresenta simplesmente uma sonoridade mas também uma parte visual e cénica associada. A forma como se vestem, os nomes que tomam, a história que formam ("Killing Tale"). Tudo isto faz parte da sua identidade.

Os Godspeed deram-se a conhecer neste concerto, tendencialmente acústico, através de duas guitarras (uma delas alternava com o órgão), um saxofone (alternava com um clarinete), uma (grande, potente, incrível) vocalista, um acordeão, baixo e bateria. Pelo alinhamento dos instrumentos percebe-se que os Godspeed não descuram uma boa harmonia entre os seus elementos e uma sincronizada complexidade musical (parte deste equilíbrio apenas foi possível, segundo a banda, graças ao bom técnico de som que os acompanha).



Apresentaram "Dark River", um blues suave, apesar de toda a atmosfera dark cabaret, com uma interpretação fenomenal de Baby, a porta voz dos Godspeed. E aqui já se notavam um ar de musical de teatro que a banda tinge no seu espectáculo. Passaram para cores mais jazzísticas com "Cats Walk" e de seguida "Yours", com uma mostra assumidamente cabaret, onde já o público se tinha apercebido da experiência, perfeccionismo e técnica dos elementos do grupo. Um saxofone cheio de classe tornou-se numa das figuras da noite.




De seguida, um cover, "You Were Meant For Me" de Ute Lemper, em que se notou, para além do talento, o à vontade em palco da cantora, envolta num tango poderoso, entrelaçado com outras influências. Para terminar, mais uma boa dose cabaret com "Scamp", "Rose Lithium", com um estilo orquestral peculiar, com o acordeão a lembrar a raíz europeia dos Godspeed e os Opus Diabolicum a darem o seu contributo. A última canção foi "Bloody City", uma espécie de Smooth Jazz, com a vocalista a mostrar a qualidade que fez com que trabalhasse com os Moonspell e a banda a mostrar o quão percebe de música. Abordaram, nesta e nas outras faixas, vários estilos musicais à sua maneira, apesar das suas bases diferentes e de um passado e presente de música mais pesada.

Esperei por um concerto para falar dos The Godspeed Society porque me pareceu incompleto ouvir as suas músicas sem assistir à parte mais visual da banda. E valeu a pena, pois não faz nenhum sentido ouvir a banda apenas, faz sentido vê-la e assistir a um bom espectáculo.


Fotos: Catarina Alves




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