Os Mandrágora são um grupo folk, da cidade do Porto, que juntam influências de um pouco de todo o lado, no que toca a música instrumental acústica. Sente-se o peso da sonoridade celta, do jazz e do tradicional português, e de vez em quando um certo cheiro e Emir Kusturica, não tivesse a música tradicional europeia um pano de fundo, remoto, mas comum. Além disso, em certos temas há a presença de elementos mais árabes/orientais, no uso de certas escalas usadas nesse lado da terra.
Pode-se também descrever o trabalho deste grupo como uma forma experimental de enfrentar a música tradicional. Já juntam géneros pouco habituais, mas sente-se o experimentalismo através dp uso de instrumentos que nada têm a ver um com o outro. Em "Abaixo esta serra", adicionam duas vozes, que cantam em concordância ao bom jeito tradicional português. Aqui sente-se a força celta do trabalho dos Mandrágora, através do uso da guitarra e das flautas.

A nível musical, podemos constatar a qualidade técnica de todos os membros que tocam nos Mandrágora, seja qual fôr o instrumento. Por vezes, a linha de baixo e a de flauta ficam iguais, acontecendo estes paralelismos recorrentemente, seja a guitarra com a flauta, o baixo com a guitarra com a flauta, a tocar a mesma coisa. Outro elemento de destaque são por vezes os compassos de 5 por 4 usados, dando alguma riqueza ao som, atribuindo variações rítmicas que encontramos no jazz muitas vezes
Foi-lhes atribuído o prémio Carlos Paredes no ano de 2006, pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, 1º lugar esse que foi co-atribuído, juntamente com "Ascent" de Bernardo Sassetti.
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