domingo, 6 de março de 2011

Rui Dinis ("A Trompa") ENTREVISTA

"A Trompa", já no seu sétimo ano de existência, é uma referência incontornável na mundo cibernáutico português em geral e musical em particular. Como foi o início deste projecto?

Primeiro e sinceramente, sem falsas modéstias, não sei se a trompa é uma referência incontornável; pelo menos incontornável. Em todo caso, agradeço a simpatia. Foi um início normal, sem grandes expectativas. Na altura os blogs já estavam em alta e achei boa ideia expressar algumas palavras sobre um tema que sempre me agradou. Nunca imaginei que sete anos depois ainda aqui andaria. Não mesmo.


É um site extremamente completo, como todo o tipo de análises, notícias, links e funcionalidades que nos permitem conhecer a fundo a música portuguesa dos dias de hoje. Vês o esforço compensado, a nível de feedback e impacto real d' A Trompa?

O impacto real nunca sabemos em todo o caso, pelo feedback que vou recebendo, pelo número de pessoas que diariamente continua a visitar a trompa, acho que algum impacto deve ter. Não sei se é uma referência incontornável mas algum papel há-de ter. E tendo, o esforço está compensado. É algo que sempre fiz com todo o prazer.


O que é que levou a que ficasse claro que passar de blog para site era mesmo preciso?

Nada. É curioso mas na minha cabeça a trompa nunca deixou de ser um blog. As rotinas de escrita foram sempre as mesmas. Digamos que apenas o layout do site mudou, assemelhando-se a uma webzine. Mas para mim sempre foi um blog pessoal. Mas percebo que não pareça.


Há algum momento especial que, como autor do site, recordes com alegria, desde a sua fundação?

Não sei, assim de repente, talvez aqueles momentos em que vi a trompa ser referenciada por outros meios de comunicação social. Não aconteceu muitas vezes mas aconteceu algumas.De resto, os convites que me vão fazendo para fazer parte disto e daquilo. É sempre uma honra, mesmo que a alguns não tenha podido responder positivamente.


Que outras colaborações com blogs e sites da área musical existem?

Não há assim grandes colaborações. Digamos que há uma relação de empatia maior com o Sinfonias de Aço (http://www.sinfonias.org/) e o Portugal Underground (http://portugalunderground.blogspot.com/), assim como com o Vai uma Gasosa? (http://www.vaiumagasosa.com/); este, muito por intermédio de um projecto interessantíssimo, o Mapa de Salas (http://mapadesalas.net/). Pontualmente vão-se estabelecendo outras ligações.


Estás satisfeito com o que A Trompa se tornou ou há ideias para melhorar o site no futuro?

Nunca estou inteiramente satisfeito, há mil e uma ideias para o futuro. Infelizmente, o tempo não dá para tudo e algumas dessas ideias vão ficando para trás. Aliás, boa parte do que já existe também vai ficando para trás, com alguma falta de actualização. Enfim, vão-se mantendo atentos que haverá novidades. Haja tempo para avançar com elas.


Qual é a tua opinião pessoal da divulgação da música em Portugal?

Esta é difícil e depende do canal de divulgação e do tipo de música que estivermos a falar. Em todo o caso e em termos abstractos, acho que é insuficiente, pelo menos no que toca à música que se vai fazendo fora do mainstream e do ambiente controlado das grandes editoras. Na Internet faz-se o que se pode mas de resto, é cinzento o panorama. Vamos ver a atenção que o novo canal da RTP vai dar ao undergound nacional. Vamos ver se não será mais do mesmo. Espero que não. Acredito que não.

http://a-trompa.net/




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