sábado, 17 de maio de 2008

ENTREVISTA - Les Baton Rouge



 

O seu som é um new-wave punk frenético, completamente incapaz de ficar despercebido a qualquer amante de som. Esta grande banda em discurso directo!



1 - "Les Baton Rouge": como surgiu este belo nome?

 

Na altura em que escolhemos o nome (1998) tínhamos algumas músicas em francês e pareceu-nos apropriado, até porque gostávamos da sonoridade e assim acabou por ficar.





2 - Estiveram em Berlim em 2002-2006, foi lá que começaram a ficar mais conhecidos e ouvidos? Contem como foi a experiência e o que de lá "trouxeram", quanto a andamento profissional.  

Quando nos mudámos para Berlim já tínhamos feito algumas digressões americanas e europeias, por isso a nossa internacionalização começou antes de nos mudarmos. Contudo, foi a partir dessa altura (2002) que começámos a trabalhar profissionalmente, não fazendo mais nada a não ser total dedicação à música. Foi também nesse ano que entrou o baterista Lars Friedrich, que muito contribuiu para a evolução da banda. Berlim tem uma excelente localização geográfica que permite fazer digressões europeias com bastante facilidade e contiunua a ter uma music scene gigante por isso aprendemos imenso durante o tempo que lá vivemos e tivemos o previlégio de conhecer e trabalhar com imensa gente que nunca teríamos tido oportunidade estando em Portugal, como foi o caso da banda que tive com a Peaches (que era praticamente nossa vizinha e com quem faziamos jam sessions delirantes).





3 - Como está o vosso reconhecimento pelo público português? 

Tenho noção que o nosso reconhecimento em Portugal não é o mesmo que temos lá fora, e a prova disso é que ainda hoje há pessoas que pensam que a banda é alemã ou americana! Foi isso que nos levou a apostar em Portugal desde o ano passado, tentando fazer mais concertos pelo nosso país. Mesmo assim não me posso queixar, uma vez que temos tido reacções muito boas nos nossos concertos, com o público a saltar para cima e do palco e a cantar as músicas connosco, isso deixa-nos muito contente. Também nos realiza bastante quando temos conhecimento de que uma banda foi influenciada pelo nosso som.





4 - Não são propriamente iniciados em concertos fora de Portugal. Como tem corrido a carreira internacional? 

Em 2000 editámos o single Sexcentric pela Munster Records (Madrid) que nos abriu as portas para a nossa primeira digressão por Espanha. Em 2001 editámos o álbum Women Non Stop pela Elevator Music Records (New York), que permitiu a primeira digressão americana. Os seguintes lançamentos foram todos feitos pela Elevator Music Records, que foi a nossa rampa de lançamento para uma carreira internacional; daí seguiram-se uma série de digressões por todo o mundo ao lado de nomes como Sylvain Sylvain (New York Dolls), Marky Ramone (Ramones), Jello Biafra (Dead Kennedys), Tim Kerr (Big Boys), Peaches, Dick Dale, Joan Jett, The Hives, NOFX, Franz Ferdinand, Toy Dolls, The Briefs, etc etc.





5 - O último álbum é de 2004 - My Body-The Pistol. Já existem ideias para material futuro? 

Neste momento já temos algumas músicas prontas para o novo álbum mas ainda estamos a compor mais temas novos. Gostaríamos muito de poder lançar um CD comemorativo dos 10 anos de carreira dos Les Baton Rouge (1998-2008) ainda este ano.





6 - Tem em agenda algum conjunto de concertos para Portugal? 

Uma vez que estamos bastante ocupados com a preparação do novo disco, não temos marcado tantos concertos como desejaríamos. O próximo agendado é já no próximo dia 24 de Maio na Casa das Artes de Famalicão.





7 - Há banda ou bandas portuguesas que admirem em especial?  

Sempre gostei muito dos Tedio Boys, 77, Mão Morta, Pop D..ell Art, Heróis do Mar, António Variações, etc etc. Dos mais recentes gosto muito dos The Clits ou do Deadboy.





8 - O que é que acham que se pode efectivamente fazer para melhorar o mercado musical nacional? (seja a divulgação seja a venda de cd's) 

Actualmente a venda de cds está um bocado condicionada devido ao download gratuito que se faz todos os dias. Sites como o myspace, por exemplo, permite que uma banda portuguesa de garagem possa ser ouvida em qualquer parte do mundo, o que é bom. Mesmo assim, acho que uma das coisas que faz falta em Portugal são espaços para tocar ao vivo com condições decentes para oferecer às bandas, sobretudo às que estão a começar agora e não têm lugar para tocar. Outra das coisas que poderia melhorar o mercado nacional é o sentimento de entreajuda das bandas: pelo que me apercebi, lá fora as bandas constituem um autêntico núcleo duro e publicitam-se umas às outras mas em Portugal não vejo isso acontecer com muita frequência - talvez daí o facto de não temos uma verdadeira music scene.





1 comentários:

Uma Naper disse...

Continuem a divulgar a música portuguesa! E passem pelo http://bigodd.blogspot.com/ :)

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