sábado, 2 de fevereiro de 2008

Chemical Wire



Por vezes os géneros misturam-se de tal forma que torna-se complicado atribuir este ou aquele estilo a uma banda, à sua música. Os Chemical Wire oferecem-nos um tango muito especial, muito rock, alegre, enérgico! Sente-se no seu trabalho uma vontade imensa de confundir o ouvinte com diversas influências. É um rock muito personalizado o que temos aqui, solos dissonantes, melodias alternativas, linhas de baixo estonteantes. A bateria é um animail em fúria, tal como a voz, que são autênticos gritos de revolta.

É inevitável falar sobre um toque grungy, relativamente às proporções confusas que os Chemical Wire aplicam ao seu próprio som, mas há certos momentos individuais - solos, partes soltas de uma ou outra música - que soam quase a jazz muito distorcido. Eles conseguiram transpôr uma certa balbúrdia típica do jazz, em que há compassos diferentes, melodias que parece que não encaixam. Admirável também a forma como transitam de algo estranho para algo perfeitamente calmo e consensual - o melhor exemplo é o final de "Bees".

A onda garage/punk também não passa despercebida a este grupo portuense, que demonstra uma vez mais a forma despreocupada e sem rótulos com que encara a criatividade musical, como se percebe no tema "Super Lovely Modern Sadness". Todo este enxuvalho de diferentes hypes da música pode soar confuso, mas estão muito bem articulados ao longo das diferentes faixas.  Até na estrutura das canções eles nos surpreendem, com instrumentais mais demorados que o normal, sem propriamente ter solos muito técnicos, aliás o resultado é um momento de pura contemplação da música, em vez da aplicação de solos brutais.

Myspace: http://www.myspace.com/chemicalwire




1 comentários:

Davide disse...

Hey!Encontrei agora o teu blog. Obrigado pela referência aos Chemical Wire!um forte abraço!davideCW

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