quinta-feira, 22 de setembro de 2016

DE E POR: PALANKALAMA - "Palankalama" (2016, Ed. Autor)

Pedro João, José Ricardo Nogueira, Anibal Beirão e Rui Guerreiro. Os quatro formam a partir do Porto os Palankalama e assumem de fronte a sua dedicação a uma arte quase impalpável, excepto através de prática criteriosa, que é a de chegar a um cenário mais ou menos ficcionado dentro de cenários mais ou menos quotidianos através dos seus instrumentais sem grandes fronteiras. A atenção merecida acumula-se após o lançamento do disco homónimo da banda no início da Primavera deste ano e, felizmente, tem servido para também colocar à prova da surpresa outras artes, outros públicos, outros palcos, outras ondas hertzianas para além do globo que gira dentro de outras músicas do Mundo que tratam como uma herança crescente a cada novo dia. É óbvio: por um lado falsamente domesticados, por outro conscientemente vivaços.
Nas Noites Ritual deste ano eles estarão à vossa espera logo nas primeiras horas de música nos Jardins do Palácio de Cristal mas podem ir já com o filme todo feito pelo próprio grupo. Um bom conselho? É bom que o refaçam ao vivo.





Esmeralda

'Esmeralda' é o primeiro tema dos Palankalama, foi onde a banda começou. O tema procura retratar uma personagem feminina trabalhadora da noite que vive imersa numa realidade ficcional e de faz-de-conta.



Grafite 

A 'Grafite' é uma canção desprovida de letra. O tom e a dinâmica deste tema foram marcados por uma relação com o desenho e com a grafite enquanto material plástico. Chegamos a uma festa a preto e branco, cheia de energia mas com pouca cor.



A Sina da Vaca

A sina de grande parte das vacas é acabar num grelhador, e é em parte o que tentamos fazer com este tema. 'Pôr tudo no grelhador'. Trabalhar um 'balanço' que, sem grandes esquemas, seja uma evocação de um espírito festivo e de baile.


Baile Psicológico 

O 'Baile Psicológico' é um baile interior, vivido a dois mas de olhos fechados. 



Marcha Fúnebre

A 'Marcha Fúnebre' faz uma alusão humorística ou ligeira a uma cerimónia fúnebre. Tentamos situar-nos algures em Nova Orleães e seguir o cerimonial índio e negro.



O Gaio e a Lima

'O Gaio e a Lima' é uma dedicatória. Um elogio optimista da vida a dois.



Burro

O 'Burro' é uma viagem em círculos. Atribulada e incerta. Uma travessia solitária de um deserto de areia e cascalho, feita com toda a temperança e calma a que o calor obriga.



Um Fato Cinzento Para Dançar

'Um Fato Cinzento Para Dançar' é uma valsa com intuitos simples e sobre prazeres simples; como tirar um fato velho e cinzento do armário e usá-lo para dançar com alguém de quem gostamos muito. É um gesto de entrega e sinceridade.


Um Pires Branco Com Um Pão Quente A Fumegar

'Um Pires Branco Com Um Pão Quente A Fumegar' é uma tentativa de fixar uma sensação de conforto, tranquilidade e ternura. Como se a visão de um pão a fumegar pela manhã fosse o suficiente para nos encher o dia.






O Génio da Morte

'O Génio da Morte' nasceu de uma participação no espectáculo 'Casa Vaga' do Teatro Experimental do Porto. É claramente um exercício de estilo 'western', uma cavalgada em direcção ao sol poente depois do último tiro disparado.





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