terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

DE E POR: LOTUS FEVER - "Search For Meaning" (2014, Ed. Autor)

Bernardo Afonso, Diogo Teixeira de Abreu, Manuel Siqueira e Pedro Zuzarte formam os Lotus Fever. Sim, os mesmos Lotus Fever que um dia já se chamaram Roadies.
Para "Search For Meaning", aquele que é o seu disco de estreia, a grande ajuda veio da reunião dos fãs em torno da banda mas é do seu trabalho que, para além da coerência, resulta um disco muito mais maduro, trabalhado e aprofundado partindo do instrumental e do sentido típicos do enorme edifício que é o pop-rock contemporâneo.
Coisa que pode parecer fácil para quem cita MGMT, Radiohead, Tame Impala ou José Cid como referências mas que é difícil (e ainda bem que não se concretiza) de imaginar.
Numa pequena pausa de espectáculos para novas gravações, a banda reflecte connosco acerca da viagem pelo seu próprio potencial entre o poder da realização alheia e toda a magia de uma transformação constante, em consciência.
Palavra por palavra, ponto por ponto, conceito por conceito, canção por canção.




An Awakening

Esta música funciona como introdução ao álbum e também à "Freedom".
Experimentem ouvi-las de seguida...



Into The Light

É um dos temas mais antigos do álbum e é quase como que uma ordem para agir. Gostamos bastante de tocá-la ao vivo pela energia que tem.


Collapse

Foi a primeira música a ficar totalmente pronta e uma das que mais gostamos. Talvez por ter um pouco de tudo e por não termos posto nenhuma espécie de restrição quando a estávamos a compor.

Introspection

Focámo-nos muito no groove da música quando a estávamos a desenvolver e sabíamos que queríamos acabar com algo psicadélico o suficiente para entrarmos na parte mais 'obscura' do álbum.





Volatility

Esta foi sem dúvida a música que mais dores de cabeça nos deu. A estrutura sempre esteve mais ou menos definida, mas experimentámos uma quantidade absurda de instrumentos e moods. Foi exactamente por isso que nos decidimos pelos contrastes e nas diferentes secções ter sempre uma abordagem diferente. Gostamos especialmente da parte jazz, como gostamos de chamar, com o solo de trompete. 


Set In Stone

É a música mais antiga do álbum, já estava praticamente toda pensada ainda nos tempos do EP. Por isso também quisemos introduzir coisas realmente novas, como a batida electrónica. Deu-nos algum gozo gravar um solo de bateria numa música que parece ser balada ao piano.


Oceania

Foi das músicas onde mais trabalhámos todos os pormenores a nível de som.
Era crucial que o tema fosse um crescendo até à explosão final.



Freedom

O conselho é o mesmo: oiçam a 'An Awakening' e logo a seguir esta.


Split Step

Começou por ser uma música instrumental que tocávamos nos ensaios. O Manel era especialmente obcecado pela música, só queria tocar o 'Prelúdio' que era como chamávamos aquele bocado de música. Evoluiu para uma coisa completamente diferente, mas os restos desse 'Prelúdio' ainda estão lá, no fim.

Mild Temptations

Queríamos fazer algo mais rock, mais pesado, mas que não caísse no óbvio.
Achamos que o conseguimos de certa forma, ninguém espera aquele 'circo' (outra alcunha) no meio da música.



Fulfilled

É uma música instrumental do álbum e quisemos criar uma espécie de caos de melodias. Para os mais atentos, reparem nas melodias de outras músicas do álbum que vão aparecendo.


Because I'm I

É a última música do álbum e funciona como uma resumo de tudo o que foi dito e tocado. É uma viagem dentro da própria viagem. Tivemos um coro de crianças a cantar nesta música e foi uma experiência muito porreira.




1 comentários:

nuno bento disse...

Adorei o album

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